sábado, 20 de outubro de 2012

Música

Música faz parte da minha vida desde que me lembro. Não tão cedo como algumas crianças que conheço, mas ainda assim, cedo o bastante para me ter marcado para o resto da minha vida e me ter feito companhia, através de aulas e horários, durante metade dela. Ainda antes de começar a aprender música, há sempre as canções infantis que se aprendem quando somos pequenos, e também, no meu caso, os CD's de música clássica em casa. Como eu me lembro, eu pedi aos meus pais para aprender "aquele instrumento que soava bem" ao ouvir um desses CD's. Mas a minha mente deve ter fabricado essas memórias, porque o que os meus pais contam que, tal como na restante maioria dos casos, foi ideia deles de me pôr em contacto com a música e ver se eu gostava e (de alguma maneira mais ou menos relevante) se tinha jeito. 
Ora a segunda parte eu não sei, ainda hoje - nunca soube se quando a minha primeira professora lhes dizia que sim era para ser simpática ou evitar a saída de um aluno da escola - porque, vejamos, estudar num conservatório paga-se. O que sei é que, no primeiro ano em que estive na escola de música, num "atelier" onde experimentámos todos os instrumentos e assistíamos a audições que estavam a acontecer no conservatório, eu escolhi violino e nem por um momento me arrependi. E adoro música e aquilo que ela me trouxe.

 Já agora, a instituição, tratando-a por este nome pomposo e aparentemente forçado, tem não só a escola (iniciação - onde se começa a aprender) mas também o dito conservatório, além de escola superior (faculdade, portanto) e é a sede de uma das maiores orquestras lisboetas) 

Os dois primeiros anos foi Iniciação e depois entrei para o Conservatório, o qual só deixei no fim do ano 2011, antes de vir para o Brasil. Fiz até ao 7ºgrau, e passei mais de metade da minha vida naquela escola - quase 10 anos (tenho 16). Durante o meu percurso musical, por assim dizer, mudei de método de ensino (do tradicional para o Suzuki), assim com ode professora antes disso, e tornei-me parte dum grupo de violinos (parte do método Suzuki é aulas de grupo de 2 em 2 semanas). Esse grupo mudou a minha vida, a minha maneira de ver e de estar no Conservatório e com o violino. Numa altura em que estava a sentir tudo como uma obrigação, e andava sem grande entusiasmo, a minha professora deu-me a conhecer este grupo fantástico, de todas as idades (3 a 18), que me incentivou a continuar e, mais do que tudo, me levou a gostar e a ter orgulho em tocar violino. Também me deu o prazer de fazer a diferença com os concertos de solidariedade que todos os anos fazíamos, e deu-me o privilégio de ir a um festival internacional que se tornou a melhor experiência que tive na minha vida pela maneira como, não sei bem como, uniu todo o grupo, pela minha perspectiva. Eu entrei tarde nesse "mundo" e foi um milagre. O grupo tornou-se a minha outra família, e ir ao Conservatório ter quaisquer aulas nunca foi um tormento a partir daí. 
Quando vim embora aquilo que esperava sentir mais falta, e não me enganei, era da música. Da minha rotina louca de aulas das 8h às 20h, de andar de autocarro e ir para a escola de música, de ver outros colegas, outros sítios, de ter aulas diferentes, dos concertos... Nunca pensei em seguir profissionalmente, mas a música ficou para sempre na minha vida. Enquanto mudava de escolas, ali permanecia no mesmo sítio, com as mesmas pessoas mas sempre conhecendo novas, e tornou-se a minha segunda casa.
Ao vir embora decidi, meio que na minha cabeça, não ir para um conservatório. Talvez volte atrás nessa decisão, mas até hoje ainda não apareceu a oportunidade, não conheço nenhum professor(a) de violino aqui, e acabei por ficar sem qualquer actividade musical por mais de seis meses. Até que apareceu um mail do colégio a dizer que estavam à procura  de alunos entre os 11 e os 17 anos que estivessem interessados a participar no coro do colégio, que vai participar num festival internacional nos Estados Unidos e precisa de mais gente. E lá fui eu. A minha experiência em coros foi de três anos, mais ao menos, mas nas aulas de Formação musical (teoria, basicamente) cantávamos e tenho as bases todas de canto coral - e também passei óptimos momentos no coro na minha escola de música.
As condições estavam todas reunidas - eu precisava de qualquer forma de actividade musical, e o coro "precisava" de mim. E lá estou eu. Ensaios à terça, duas horas, e eu estou feliz com isso. Neste último ensaio duas colegas minhas foram, porque ouviram falar do projecto e tinham ficado curiosas, mas com medo de serem as únicas da nossa idade lá, não foram ao início. Até ficarem a saber que eu estou a participar, e assim já não eram as únicas. E pronto. Com isso, ainda surge a hipótese de conseguir confraternizar com as minhas colegas e, quem sabe, construir uma amizade. Seria a cereja em cima do bolo...

Por hoje é tudo. Até à próxima.
Beijinhos 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cursos no Estrangeiro, ou isso.

Aqui vem mais um post pessoal.

O meu aniversário, no fim de Novembro, aproxima-se. Ter 17 anos quer dizer muita coisa e pouca também, mas uma é certa - oportunidades perdidas. Isto veio-me à mente desde que cá cheguei, mas agora mais que nunca. Sabem aqueles cursos de férias no estrangeiro? Bem, se não, é basicamente passar de uma a seis semanas nas férias (alguns sítios só têm no Verão, outros também têm esses cursos nas férias de Inverno - hemisfério norte, para ficar claro) a fazer um curso, normalmente de línguas, num país cuja língua materna é a que se vai estudar. Estes cursos costumam reunir pessoas de vários lugares do mundo, e dão a oportunidade não só de conhecer essas pessoas mas também o sítio onde se está, a sua história, os ex-libris, tudo isso, e ainda ficar com um óptima experiência para a vida. Uma amiga minha já fez dois para Inglaterra, aqui no Brasil os meus colegas fazem, alguns todos os anos, para a Califórnia (e Inglaterra também), e estas experiências parecem-me fantásticas e super-interessantes. Claro que têm limite de idade. E adivinhem: 17 anos.
Com a viagem de finalistas, uma cruzeiro e um possível evento no estrangeiro num futuro próximo, o dinheiro e o tempo não esticam. E por muito que eu queira, parece-me cada vez mais distante a chance de ter uma destas experiências. Ora na sexta passada a minha escola organizou uma mini-feira desses cursos em países de língua oficial inglesa: EUA, Canadá e Inglaterra. Achei três super interessantes, e já recebi um e-mail sobre um curso de escrita (em inglês) em Nova York. Soa super bem... Mas a possibilidade é mínima - já nem falo do preço: a viagem de finalistas é em Julho (quando normalmente estes cursos acontecem) e nem para ir a Portugal consigo pensar numa data num futuro visível.
Portanto, parece um plano condenado ao fracasso.

Pensar nessas coisas fez-me pensar que ter uma vida sossegada, simples, uma linha recta a partir do momento em que acabar o ensino médio/secundário, me parece muito aborrecido - mesmo com a mudança para aqui, que não foi porque eu quis e fiz acontecer. Talvez se deva à quantidade (demasiado) grande de youtubers que sigo e cujos vídeos vejo - todos parecem ter consigo fazer da vida algo tão interessante, com novidades e mudanças e sonhos alcançados. 
Isto levou-me a um estado de espírito derrotista nada saudável do qual estou a tentar recuperar. E, já agora, vou fazer TPC's e sentir-me uma aluna responsável. Mais novidades, aqui sim, num futuro muito próximo. 

Até lá,
Beijinhos

4º Bimestre, aqui vamos nós!


E de repente estamos já no 4º Bimestre. A semana dos meus anos será a das provas finais e vestibulares (que este ano faço como treino), e depois FÉRIAS DE VERÃO!
Por isso, toca a mexer, último esforço, aqui vou eeeeeeeeu!

Para os meninos em Portugal, go easy on the campaigns e BOM OUTUBRO - e entrada no Outono.


Até à próxima, 
Mariana