segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Minas Gerais: Diamantina e Ouro Preto

Aproveitando o feriado da Consciência Negra fomos, finalmente, a Minas Gerais visitar Diamantina e Ouro Preto.
Praça da Matriz, Diamantina
Diamantina surpreendeu. A vida noturna nas ruas pedestres da cidade e as casas fazendo parecer uma terra portuguesa encantaram-nos. Visitámos o museu do Diamante, na casa do inconfidente Padre Rolim, na qual tivemos direito a tour monitorada, a casa de JK - antigo presidente brasileiro -, a Casa da Glória, antigo colégio e agora parte da UFMG, igreja do Carmo e a casa da Chica da Silva, escrava que casou com comerciante português e se tornou, sem precedentes, numa senhora com fortuna e escravos a seu serviço.

Catedral Metropolitana de Diamantina
Praça JK
Casa da Glória, Diamantina

Cachoeira, Diamantina

Área residencial de uma fábrica abandonada
Depois fomos até Ouro Preto,  antiga capital do estado de Minas Gerais e rica cidade centro da exploração mineira, e que borbulha hoje à noite com as repúblicas em festa, mas perde para Diamantina por se ter tornado tão turistíca que já não tem o à-vontade da primeira. Destaque vai para as igrejas que preenchem a vila: S. Francisco de Assis (uma das 7 Maravilhas do Mundo de Origem Portuguesa), N. S. do Carmo, e especialmente a de Nossa Senhora do Pilar, a segunda igreja com mais ouro no mundo (depois da do Convento de S. Francisco, em Salvador da Baía). A não perder também o museu da Inconfidência, cujo nome lembra a conspiração elitista mineira que deu errado e resultou na condenação à morte do famoso Tiradentes, hoje herói nacional com direito a feriado. O museu tem algumas salas dedicadas a este movimento separatista, mas no toda tem uma grande coleção artística no andar de cima que acompanha a parte terrestre, que reconta e mostra a história de Ouro Preto, do Brasil e, por acréscimo, da exploração aurífera, desde a fundação de Vila Rica até ao Império Brasileiro. 

Museu da Inconfidência, Ouro Preto
Igreja de S. Francisco de Assis, Ouro Preto

Vista da Igreja de S. Efigênia a partir da igreja de S. Francisco de Assis, Ouro Preto

Interior da Igreja de N. S. do Pilar, Ouro Preto

Rua Direita, Ouro Preto

Igreja de S. Efigênia, Ouro Preto

Ruas de Ouro Preto

Largo da Igreja de N. S. do Pilar, Ouro Preto
A 40 minutos de carro de Ouro Preto pode-se encontrar Mariana, uma vila criada dois anos antes de Vila Rica (Ouro Preto) e, durante esse período, capital de Minas Gerais. Além disso, foi também a primeira vila e cidade do estado. O nome, mais tardio, é do século XVIII, em homenagem à rainha de então, D. Maria Ana de Áustria, esposa do rei D. João V. Curiosa a sua praça principal, com pelourinho, câmara e duas igrejas (invés de apenas uma, como é costume) - a de S. Francisco de Assis e a de N. S. do Carmo, uma para os ricos outro para os menos abastados.
A caminho de Mariana é possível visitar-se a Mina de Passagem, um curto mas interessante passeio a uma antiga mina de ouro.

Descida à Mina de Passagem, entre Ouro Preto e Mariana

Mariana

Praça de Minas Gerais, Mariana. À direita da foto, Igreja de Nossa Senhora do Carmo. À esquerda, Igreja do S. Francisco de Assis

Casa da Câmara e Cadeia, Praça Minas Gerais, Ouro Preto
De lembrar a presença do trabalho de Aleijadinho, o escultor barroco com mais destaque do Brasil colonial, cujas obras de maior importância se encontram por várias igrejas do estado. Nesta visita pode-se observar alguns dos seus trabalhos no Museu da Inconfidência, na Igreja da N. S. do Carmo e principalmente na de S. Francisco de Assis, ambas em Ouro Preto, e na de S. Francisco de Assis de Mariana. A sua obra máxima, no entando, é normalmente tida como a do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, onde se encontram o conjunto de 12 estátuas dos apóstulos feitas por ele.

Um passeio a não perder na história colonial brasileira, essencial para quem estude no Brasil mas também para qualquer turista que queira apreciar a riqueza cultural deste país. Ambas as cidades visitadas são Património Histórico e Cultural da Humanidade da UNESCO.

Até à próxima,
Mariana

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Ilhabela

Um fim-de-semana foi tudo o que foi necessário para conhecer Ilhabela, uma ilha e estância balnear bem perto de São Paulo. Deve-se evitar visitar em fins-de-semana com feriados ou durante o período de férias, devido ao trânsito: acaba-se por gastar mais horas no carro que na praia, garanto-vos.




Ilhabela faz jus ao nome: de grande beleza natural, merece um passeio até à praia de Jabaquara, e jantar na marginal da praia do Perequê.


Mais de metade da ilha é ocupada pelo Parque Estadual de Ilhabela, para preservação da flora e fauna local, impedindo o livre acesso a uma grande parte da ilha.



Pelo caminho de volta a S. Paulo passámos pela praia do Toque-Toque Grande e por Maresias, onde almoçámos.





Mais um exemplo da beleza natural brasileira.
Até à próxima,
Mariana