domingo, 29 de junho de 2014

Dúvidas e Decisões

Alguma vez te sentiste sem opções? Num beco sem saída? E, nessa altura, qualquer coisa parece melhor do que o buraco em que te encontraste? Encontras uma solução brilhante, que encaixa perfeitamente com tudo aquilo que tu és, que te faz sentir corajosa e honesta pela primeira vez na vida, e depois do desespero, é fantástico sentires-te assim que farias qualquer coisa - vai com a onda, e parece que nada te pode parar.

Até que percebes que nenhuma solução só tem prós. Que nenhuma decisão é perfeita, que nenhum caminho é fácil e, que sobretudo, o sonho pode não ser tão perfeito, porque às vezes ele é exactamente isso: um sonho, inalcançável por natureza.

Ás vezes sinto que posso tomar o mundo, o meu destino nas minhas mãos, fazer as minhas decisões, independente e ciente dos riscos. Outras sinto que fui apanhada num túnel, que era tão escuro que tomei a primeira saída, sem esperar fechar ao fundo. E outras sinto-me simplesmente uma desistente, apesar disso ser exactamente aquilo que não quero ser. 

Tudo o que eu quero é encontrar o meu caminho, o meu lugar no mundo. Onde possa trabalhar feliz e deixar a minha marca. Mas parece que ele não existe, ou que não estou destinada a encontrá-lo, por vezes.

Pensar em fazer uma pausa é inútil e impossível. Pensar em continuar como estou, doloroso. Tomar o caminho que decidi tomar, arriscado. Eu não sei mais o que estou a fazer, mas nada parece certo, agora. Tomei a decisão, senti-me decidida e certa, e agora pergunto-me onde raio é que tinha a cabeça. Nada me está a facilitar a vida. Nada é fácil nela, descobri.

Talvez eu tenha exagerado. Talvez eu me tenha assustado. Ou talvez eu esteja agora assustada porque a decisão certa nem sempre é fácil, como a óbvia não é certa.

De qualquer maneira, eu preferia ter tempo para pensar nisto - mas a vida não espera, o tempo não pára, e o semestre termina e já era suposto estar matriculada no próximo, e eu fico a olhar para aquela página do LuciferWeb sem conseguir clicar em nada e tornar nada definitivo.

Até eu saber o que fazer, vou por onde me pus a caminhar. Veremos no que dá.

Mariana

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