quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Poder de ser um Aluno... num Colégio Privado

Olá, e bem-vindos a uma digressão da Mariana.
Ok, o que vos trago hoje é decorrente de vários acontecimentos me puseram os cabelos em pé ao longo destes dois anos em que fui aluna num colégio privado aqui no Brasil. Não sei se isto aconteceria num em Portugal, mas sei que nunca me aconteceu na escola pública aí.
Num colégio nós pagamos para estudar diretamente ao estabelecimento. Nós pagamos uma fortuna (a sério, uma fortuna. Os colégios daqui têm preços ridículos… boa coisa eu ter ganho bolsa de mérito, portanto) por uma educação que nos permita entrar na universidade que queremos sem sete anos de cursinho, porque a educação pública no Brasil é, infelizmente, assim tão precária. Nós pagamos pelos equipamentos, pelos professores… e pelas plásticas da dona do império que é o colégio. E este facto, compreendido pelos alunos desde muito cedo em grande parte devido aos pais, dá-lhes um grande poder pois vêm-se no direito de protestar… sobre tudo, mas sobretudo sobre aquilo que não deveria ser tão simplesmente questionado.
 Há vários outros problemas que poderiam ser discutidos: a espera de um ano inteiro para consertarem o projetor da sala (que ainda não está arranjado), o pagamento de qualquer viagem, convívio ou material, sempre na casa das centenas de reais,… Mas disso os meus colegas não se queixam. Dos pagamentos exorbitantes à parte feitos para QUALQUER COISA eles acham mal, mas levantam os ombros e abrem a carteira.
É nos professores que eles se dão a todo o tipo de luxos. E não que eu não me queixe – em Portugal as pessoas meio que me achavam até opinativa demais, diziam que reclamava muito. Portanto, para eu dizer que aqui é outro nível… acreditem em mim. Eu vi eles se queixarem de uma questão de uma prova que não estávamos à espera que surgisse até o professor a anular. Era uma questão mais difícil e, porventura, um pouco inesperada, mas a vida é assim e eu aceitei - os meus colegas, não. Eles fizeram tanto e tanto barulho que a questão foi anulada e a razão foi dada aos alunos. A minha única colega que acertou aceitou perder o ponto, e todos os outros ficaram felizes. Este ano a direção passou um questionário para avaliarmos os desempenhos dos professores nas aulas, daqueles que muitas vezes respondemos sem pensar muito porque achamos que ninguém vai prestar atenção. Mas eles prestaram, e deixaram evidente o impacto dessas avaliações nos professores – uma professora foi despedida ainda as aulas não tinham terminado, e faltava uma semana para tal.
A sensação de poder que isto dá aos alunos é aterrorizante. Eles dizem “eu pago para você me ensinar, então você tem que me dar razão”. Pensarem que estão acima dos professores porque é com o seu dinheiro que se pagam os seus ordenados é a pior maneira de criar uma relação de respeito entre aluno-professor. Ainda bem que essa relação tem muitos outros aspectos, bem mais positivos: não fosse a afetividade entre uns e outros e a questão do respeito poderia muito bem tomar outro rumo. Sente-se que, se não gostarem do professor, podem fazer com que facilmente ele se vá embora, basta que não seja simpático, engraçado ou atencioso como eles querem. Deve ser muito assustador para um professor saber isto, saber que ao trabalhar num colégio privado (o que muitos fazem porque recebem mal no ensino público), estão sujeitos a este tipo de tratamento pois os alunos é que pagam pelo seu próprio ensino. Nunca tinha pensado nisso até ver com os meus próprios olhos, pois nessa questão somos muito mais submissos aos professores, pelo menos nas escolas públicas onde estudei.

Tenho muita pena que a minha, a próxima e todas as gerações de alunos de colégios privados cresçam com esta mentalidade. Não porque é ou não realista, mas porque é desrespeitosa. Não deve importar a riqueza, mas o conhecimento e, um pouco (mas não absolutamente, ou parecerá uma escola na ditadura), a hierarquia escolar. O professor merece confiança, mas também respeito. Se não o tiver, como pode ensinar? Como podem alunos aprender se questionam a autoridade e a capacidade do seu professor? Têm de confiar, e também de desconectar o lado educador do lado pessoal do professor: podem simpatizar muito com ele, mas ele não ser um bom professor, assim como o contrário pode e muitas vezes acontece. E a escola não devia deixar tão aparente o poder que os alunos efetivamente têm: só porque acham que sim, não quer dizer que a direção deva simplesmente despedir o professor de quem eles não gostam. Mais avaliações deveriam ser feitas, pois só a palavra dos alunos não pode ser tida como toda poderosa, ou têm em mãos uma massa indomável de meninos e meninas armados em deuses omnipotentes graças ao seu poder monetário, colocado acima da formação e capacidade do professor.
E por hoje é tudo,
Até à próxima!
Mariana

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Professores

Hoje foi o meu último dia de aulas oficialmente. Quando voltar, será para aulas-extra de preparação para a segunda fase dos vestibulares. Então, talvez esta seja a ocasião ideal para uma comparação entre as pessoas com quem temos mais contato na nossa vida até este dia, quase até mais do que com os nossos pais: os professores.

Em Portugal, os professores são mais distantes. Isto comparado com os daqui, claro. Eu até tenho algumas ex-professoras adicionadas no Facebook (sendo a palavra-chave EX), que me dão os parabéns e se lembram de mim e me cumprimentavam quando me viam nos corredores da escola. Os professores podem-nos ajudar: acho que, se tivesse algum problema, eles estariam disponíveis para falar com eles. Mas o contato, especialmente físico, é muito reduzido. A troca de números de telemóvel, endereços de e-mail, e redes sociais é pequena, e não espero nenhum professor português a ir a festas de aniversário ou a receber fotos das alunas na discoteca.

Ora isso acontece aqui. E não é tão mau assim. Não afeta o aspecto pedagógico - “trabalho é trabalho, conhaque é conhaque” como dizemos em Portugal -, e quando precisamos de alguém que olhe para nós e pergunte “estás bem?”, ou que nos dê conselhos que nem sabíamos que precisávamos, os professores também estão lá. É muito a eles que devo ter-me aguentado aqui, especialmente no primeiro ano da minha estadia. Foram atenciosos e, apesar de isso com certeza se encontrar em Portugal, não é tão frequente como aqui. Sejam encontros de turma, piadas na aula ou momentos engraçados, as memórias que me são mais queridas vêm muito deles.


No entanto, segundo o que me dizem, isto varia tudo de escola para escola e eu acredito. Mas que os abraços, as piadas perversas ou a ocasional asneira que podem ouvir aqui chocou-me quando cheguei, lá isso é verdade, apesar de que agora estou habituada. Eles fizeram-me ver no professor mais do que alguém que debita matéria, mas alguém que, mais que tudo, espera nos transmitir lições de vida e garantir que cada um de nós é feliz na nossa vida futura.

Até à próxima.
Mariana

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O louco mês de Novembro

Novembro chegou.
Este é, basicamente, um mês de suster a respiração e aguentar a avalanche de provas, exames e STRESS que nos atinge na cara. Eu literalmente já me perdi na quantidade de coisas que tenho para fazer, apresentações para apresentar, matéria para estudar, exercícios por fazer... É tanta coisa que perdi a conta!
Novembro é, por excelência, o mês dos vestibulares: os mais importantes acontecem este mês, e obviamente que vou estar a fazer alguns deles. Além disso, o quarto e último bimestre acaba por ser apenas um mês para nós também, no colégio... e as provas mensais atropelam-se com as provas bimestrais. Depois tem a música: apresentações para preparar, partituras para procurar, aulas para assistir - e ainda queria a assistir a mais, mas não dá! O tempo não estica e eu já fico na escola todos os dias à tarde... É exasperante, e extenuante.
Esperemos que dê tudo certo, e que os vestibulares, provas e provinhas corram bem. E que não me dê um esgotamento entretanto, não só com os nervos das provas, mas também pela falta de rumo neste momento na minha vida. Eu não sei onde estarei daqui a dois meses, e isto está a dar cabo de mim! Acho que vou acabar por saber quando o camião chegar (ou não) à porta da minha casa para repor tudo em contentores para Portugal... Esperemos que não, esperemos que eu tenha um momento de despedida, que me avisem antecipadamente. Dava jeito...
Agora, se me dão licença, vou voltar para as provas e para o estudo... e estourar o meu cérebro SÓ mais um bocadinho.
Até à próxima,
beijinhos
Mariana

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Para além das aulas

As aulas, a escolha profissional, os vestibulares, as faculdades... Todos esses tópicos stressantes de que já falei podiam-me ter levado ao desânimo. Mas este ano a minha vida melhorou muito por aqui, e é nisso que me quero focar neste post.
Houve alturas em que me senti completamente sozinha. O ânimo para ir para as aulas no início deste ano lectivo, em Janeiro, era nulo, o que no meu caso é preocupante porque eu sempre gostei de ir à escola. A minha única esperança era o coral, que na altura já fazia parte da minha vida mas ainda não tinha tomado as proporções que tomou em Abril, após a nossa viagem a Nova Iorque. A partir daí, tudo começou "magicamente" a melhorar. Se calhar era eu, mais predisposta a aceitar os brasileiros finalmente. Se calhar foi o tempo de me verem com outros olhos.
A seguir seguiu-se a viagem de finalistas a Cancún, a qual consegui passar com companhia. Juntei-me a um grupo bem unido de amigas da minha turma com quem já falava bem, sem sermos necessariamente próximas, e elas foram a melhor companhia de viagem, além de me terem "abrasileirado" um pouco, por que depois daquela semana intensiva, eu fiquei com expressões que ainda hoje não acredito que me saem da boca. 
Agora, uma leve mudança de carteira na sala, e dois dias de colegas a faltar aproximou-me das colegas que, no início da minha estadia, e durante todo o ano passado, tinha tido esperança de me aproximar. Tal não tendo acontecido anteriormente, a minha esperança era menor, mas começamos a falar e agora tenho a vida mais fora de casa de sempre desde que aqui estou. Ensaios, trabalhos, paixão por romances de época e dias da fantasia são todos razões para algumas dos nossos "ajuntamentos"... e como sabe tão bem finalmente ter um grupo mais próximo de amigas! Como fazia falta o ombro amigo e a conversa íntima. Ninguém substitui ninguém, mas é bom saber que também aqui consegui encontrar pessoas com quem me identifico e consigo travar amizade.
Simultaneamente, a minha relação com a música continua forte: o coral vai a todo o vapor em direcção a mais uma viagem a NY no final do mês de Março do próximo ano (que ainda não sei se conseguirei ou estarei cá para ir); além disso, a professora do coral e sua família ficou amiga da minha, o que é, como eu disse sobre amizades, óptimo. Ainda na música, retomei aulas de violino no final do semestre passado e agora estou de volta a aulas teóricas... De novo com o meu horário estafante a que já estava habituada em Portugal, com aulas até às 21h.
No meio disto tudo, uma constante: os professores. Sou-lhes eternamente grata por toda a preocupação, (verdadeira) amizade e cumplicidade que demonstraram para comigo (como para toda a turma). Além de serem professores excelentes, são também seres humanos excepcionais. Às vezes acho que me estou a enganar a mim própria, que professores não podem realmente estar a dizer que vão sentir muito a nossa falta quando as aulas acabarem e nós nos formarmos... ainda devido à minha incredulidade quando comparo estes professores com aqueles a que estava habituada, muito mais distantes. São amigos e/ou "segundos-pais" para muitos, e quase que para mim também, pois apesar de conhecê-los há menos tempo que a maioria, apoiaram-me muito desde que cheguei.

Hoje, enquanto almoçava na escola, pus-me a pensar como, em menos de uma ano, a minha opinião mudou, e os meus desejos também. No início de 2013 só queria que as aulas acabassem o mais rápido possível para passar à próxima fase da minha vida. Mas agora tremo cada vez mais enquanto nos aproximamos da data da formatura ou dos vestibulares, devido ao medo, à incerteza, mas também às saudades antecipadas que já sinto de muitas destas pessoas que tornaram o Brasil um lugar, finalmente, bem aprazível. Ainda para mais porque, indo ou não embora do Brasil, o término da escola é o marco de uma fase que termina, de uma realidade que acaba e de despedida aos professores e colegas de turma.

Beijo,
Mariana

domingo, 29 de setembro de 2013

"Update" | Escolha

Tomei a via mais fácil. A mais óbvia. Aquela que esperavam que tomasse, aquela na qual o futuro é mais seguro. O que não quer dizer que entrar seja fácil: pelo contrário, é provavelmente mais difícil, mas apenas ao nível dos estudos.
É isso mesmo: inscrevi-me em todas as universidades que me interessam em Biomedicina, em vez de tentar Música em uma delas. Porquê?
  1. Falta de preparação. Tenho de ter aulas específicas, tenho de ter uma ano a preparar-me só para as provas de habilidades específicas. Preciso de mais aulas de música, no geral. Preciso de aulas de canto urgentemente.
  2. Segurança. Na via das dúvidas, inscrevi-me para tentar a minha sorte num curso na área que já tinha escolhido no 10º ano, ainda em Portugal. Estava direccionada para esta área, e continua a ser provavelmente aquela para que tenho mais apetência. Além disso, "supostamente" é a área, dentro das que gosto, com mais possibilidade de emprego. Supostamente.
Enquanto que esta última pode ser também uma amostra do quão "maricas" eu sou quanto a tomar decisões, a primeira é bem verdade, e acho até que é benéfico eu ter a noção de que, pelo menos este ano, eu não estaria preparada para realizar a prova de habilidade específica, e portanto não passaria. Portanto, e isto independentemente de onde estiver, para o ano vou investir também na música.

E este foi um update.
Nada de surpreendente, a sério....

Beijinhos,
Mariana

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O mês das (in)decisões chegou

Boa noite!
Chegou Setembro... e as inscrições nas faculdades. Não consigo descrever o quão stressante isto tudo é, mas deixem-me certificar-vos de que não é nada fácil. Além disso, nada está muito estável: ainda não sei se, depois do final deste ano, continuou por cá. Pois é!
Primeiro, as candidaturas. Aqui só nos podemos inscrever no vestibular para um curso por faculdade. Ou seja, fazemos o exame de admissão e se a nota não for alta o suficiente para o curso escolhido, não há uma segunda escolha, nem nada do género, o que me chateia profundamente porque na verdade o único lugar onde quero entrar é USP. A minha inscrição nessa já foi feita,... e o curso em que vou tentar entrar tem apenas 40 vagas. ESTOU POUCO NERVOSA! Além disso, fiz a escolha de não tentar Unicamp (outra boa universidade pública por aqui), pois não tinha o mesmo curso que a USP, nem nenhum outro que me interessasse.
Só que hoje abriram as inscrições da Unesp... e as coisas azedaram. Nessa faculdade o curso a que me candidatei na USP fica em Botucatu, uma cidade para o interior do estado de S. Paulo, a umas 5 horas da cidade de S. Paulo. Ora, mudar para tão longe aqui no Brasil está fora de questão, e portanto em príncipio Unesp seria outro não, como Unicamp. Mas, o que se passa é que os únicos cursos dessa universidade na cidade são os de artes: música, dança, teatro... E eu adoraria tentar o primeiro. A verdade é que, após tantos anos a estudar, tocar e cantar música, o "bichinho" fica, e desde que vim para o Brasil que esse lado da minha vida tem sido muito mais impulsionado - especialmente o canto. Em casa, ninguém me ligava muito. Cantava no coro, como contralto, mas nada demais. Quando cheguei aqui, as minhas colegas cantavam nos intervalos no corredor, e eu juntava-me a elas. Durante uma viagem de estudo, elogiaram-me, e as pessoas "meio" que sabem que eu canto, minimamente. Foi só quando entrei para o coro, agora como soprano, que começaram a puxar mais por mim. Concertos de Natal, depois viagem a Nova Iorque, depois um solo no Carnegie Hall em Nova Iorque, e pouco depois a minha professora já estava (e ainda está) a tentar convencer-me que eu podia fazer vida da música. Entretanto, já mais uma colega, e até os meus pais sugeriram eu tentar música... Só que aí começam as divergências: os meus pais dizem que se fosse para tentar seria para instrumento, e as outras pessoas acham que eu deveria ir para canto. Realmente, eu nunca tive aulas de canto propriamente ditas (e estou a precisar delas há anos) e a minha formação musical e anos de Conservatório - ainda incompleto - são em violino. No entanto, eu gostaria muito de tentar para canto... a verdade é essa. Só que também acho que não seria este ano que deveria tentar, mas no próximo, quando já tivesse tido aulas de canto e mais aulas de teoria aqui no Brasil (porque, como sempre, os programas são diferentes).
Além de TODA esta indecisão (o curso em que me inscrevi na USP é na área da biologia, o gosto pela música, etc), ainda não sei se realmente irei fazer universidade por cá. Até estar tudo assente vou continuando a me inscrever ao mesmo tempo que tento tirar as notas mais altas que consigo, por causa das médias. Estou a lutar em duas frente, com um rumo meio fosco na frente. As coisas estão calmas por aqui, portanto... 
Enquanto eu tento não entrar em stress, o final do último ano de ensino médio (de escola) aproxima-se a passos largos... e eu, que no início do ano só pedia para que a formatura viesse depressa, agora quero que o tempo ande beeeeem devagar, para não me levar para a altura das provas, dos vestibulares, das decisões mais importantes da vida... e para as separações. Depois de todo o desapontamento do ano passado, nunca pensei que fosse me custar tanto pensar no final do meu segundo ano aqui. Eu já tive a minha quota-parte de despedidas custosas e, de repente, parece que se aproxima mais uma - independentemente se regresso ou não para Portugal. Os colegas, os professores e, como para todos, a vida escolar em que estou há (mais de) doze anos, vão deixar tantas saudades! E se realmente a minha estadia estiver a terminar, pior ainda: todas as pessoas que a que vou ter de dizer adeus mas que, apesar de ainda estarmos a formar agora a amizade, já me são tão queridas!
Portanto, o melhor remédio é mesmo tentar afastar a minha mente disso: não pensar nas separações, no final do ano, na incerteza, e lidar com uma coisa de cada vez... apesar de que, hoje, um novo obstáculo apareceu e eu finalmente vou ter mesmo de o ultrapassar. Alguém me ilumine, por favor!

Até ao próximo devaneio,
Mariana

terça-feira, 2 de julho de 2013

Julho chegou!

... e com ele as férias de Inverno, a viagem de finalistas e a visita a casa!
Pois é, por aqui é "Inverno", e enquanto em Portugal os meus amigos desfrutam das férias de Verão desde meados de Junho (excluindo da imagem os exames), eu começo agora férias de um mês que separa o 1º do 2º semestre. Tal como o ano passado, está programada a ida a Portugal para matar saudades e ver o máximo de pessoas que conseguir. Só que desta vez, não será o mês inteiro - se não já lá estaria. Não, desta vez serão apenas cerca de 10 dias infelizmente, mas por boas razões: viagem de finalistas! 
Enquanto esta pausa nos lembra de que o último semestre de escola de sempre e as loucas revisões de TUDO estão mesmo mesmo mesmo à porta, também nos traz a há muito programada viagem de finalistas. Cancún aguarda-me e, por uma semana, lá estarei, a desfrutar das praias, sol e outras maravilhas da cidade. Vou com esperanças de me divertir bastante... e de não ser deixada de lado (muito, muito preferencialmente).
Quanto a Portugal, os meus pais irão comigo desta vez, especialmente porque é muito provável que não consigamos prestar visita aos familiares no Natal... Altura em que estarei a meio de Vestibulares e terei o baile de finalistas e formatura. Portanto esta poderá ser a última visita num ano inteiro, o que obviamente não me agrada, ainda por cima sendo só semana e meia. Mas os motivos são maiores que eu. Não falando das tristes perspectivas, mas focando nas positivas - vou poder ver os meus amigos, avós e restante família, estar na minha cidade, passear, ir à praia e talvez até comprar alguma roupa (que aqui é frustrante de tão cara) e uns livrinhos (sempre, sempre os livrinhos).
Quando tudo acalmar, volto com relatos e, possivelmente fotos. 
Entretanto, enquanto ainda estou aqui pelo Brasil, fui no fim-de-semana visitar um templo budista aqui em São Paulo. O dia estava bonito, o sol brilhava e tudo era calmo e "zen". Ficam as fotos.







Até à próxima,
Mariana

domingo, 2 de junho de 2013

Ser Finalista

Boa tarde!

Ontem foi o baile de finalistas na minha escola secundária em Portugal. O baile dos meus colegas e amigos, onde eu marcaria presença se ainda lá estivesse. Esta festa marca o fim da passagem dos meus colegas pela escola - 12 anos de trabalho duro mas também de amizades, de zangas, de brigas, de visitas de estudo, de professores chatos e outros inspiradores, de horas de almoço nas escadas do bloco. Muitas coisas não acabam por aqui - de todas as listadas, acho que só as visitas de estudo param. Mas mesmo assim, fica a sensação de término. 
Eu não estava lá para partilhar este momento único com os meus amigos, mas também sinto esse fim. O final de um percurso e o início de outro, mais duro provavelmente, mas também mais independente, mais nosso. Para mim ainda faltam mais seis meses, mas para os meus ex-colegas falta uma semana para dizerem adeus à escola que os viu crescer durante seis anos e mergulharem de cabeça nos exames, nas inscrições para a universidade e, posteriormente, na entrada para o ensino superior. Não sei se hei-de invejá-los, de me entristecer por não estar com eles, ou de festejar o tempo que me resta, pois tal significa mais tempo para decidir o que fazer com a minha vida. 

Parabéns, 12º anos de 2012/2013. A vossa passagem pela escola está quase a terminar. Parabéns por aguentarem a pressão dos exames e das médias, os professores aborrecidos, os trabalhos e testes todos na mesma semana. Parabéns por passarem à próxima fase das vossas vidas. Espero que saibam que estou do lado de cá a apoiar-vos no mês difícil que se aproxima com os exames e tudo mais.

E agora fico à espera de Dezembro e do meu próprio baile de finalistas.

Até à próxima,
Mariana

terça-feira, 23 de abril de 2013

New York, New York

Foto de familiares de membros do coro. No Instagram.


Hello!


Do dia 11 ao dia 17 de Abril estive em Nova York com o coro do meu colégio para participar no Festival at Carnegie Hall. Entre americanos e brasileiros formámos um coro de 270 pessoas, dos 7 aos 17 anos (eu, a única aparentemente), que se apresentou dia 14, domingo, na grande sala que é o Carnegie Hall, e onde tive o privilégio de fazer um solo!

Mas vamos por ordem. Chegámos numa quinta-feira e começámos por visitar a Grand Central Station (a do filme Madagáscar e tantos outros) e conhecer a cidade num daqueles autocarros turísticos com 2º andar descoberto, o que nos permitiu ter uma primeira visão bastante abrangente da cidade.

Na sexta-feira tivemos o primeiro ensaio à tarde. Tanta gente! O maestro era hilariante, mas falava tudo em inglês, o que mais para a frente criou um pequeno problema para os mais pequenos integrantes do lado brasileiro - mas tudo se resolveu. Nessa noite fomos todos em grupo ver The Lion King, na Broadway. Que espetáculo! Fantástico! Os cenários e o guarda-roupa são impressionantes, e as músicas, nossas velhas conhecidas, nunca cansam. Também foi um momento de confraternização entre o nosso grupo que adorei, especialmente a caminhada do hotel ao teatro, de mão dada com três meninas pequenas e outras colegas por perto, a cantar músicas como "Empire State of Mind" e "Rolling in the Deep" pelas ruas de Nova York, Times Square inclusive.

No sábado estivemos o dia inteiro em ensaios, e foi há tarde que aconteceram as audições para os solos. Fiz logo a primeira, para o solo da música Tatkovina, e acabei por ser seleccionada, eu e uma corista americana, cada uma com o mesmo solo em momentos diferentes. Ao fim da tarde fui dar uma volta pelas redondezas com os meus pais, e mais tarde jantámos num restaurante fantástico perto do teatro Minskoff, Carmine's, em grupo.

No Domingo foi o GRANDE DIA - apresentação no Carnegie Hall. Tivemos a manhã livre de ensaios, então fomos para uma já programada visita ao Empire State Building. Subimos até ao 86º andar, donde se tem um vista incrível da cidade. Digna de postal.


Este também foi um momento fantástico de ligação com alguns membros do coro, com quem tirei algumas fotos no topo. Dali fomos andando até ao Rockefeller Center, e visitámos St. Patrick's Church (que estava em obras, mas mesmo assim, bastante bonita).



Fomos almoçar, a minha família e a da minha colega de quarto, a um restaurante luso-brasileiro (muito bom!), e seguimos para o hotel, onde teríamos o ensaio final. Que nervos naquele ensaio! Mais tarde dirigimos-nos para o Carnegie Hall, e foi tudo tão rápido entre entrar, fazer o ensaio de colocação no palco, sentarem-nos na plateia e entrar o público... O mais engraçado nesse período foi a oportunidade de falar com as coristas americanas: durante o ensaio elas tinham descoberto que eu tinha 17 anos, mas com a minha baixa estatura não acreditavam. Além disso, tinham reparado que eu entendia tudo em Inglês e traduzia para os meus colegas, e ficaram curiosas. Portanto, acabei a explicar porque sabia inglês (aulas, escola de línguas e também Youtube, ultimamente) e a esclarecer quem vinha perguntar sobre a minha idade. Meio cómico, o momento. Fotos de grupo, momento de espera durante a primeira atuação de um coral da Califórnia, e lá fomos nós. Subimos o palco do Carnegie Hall e cantámos. Sete músicas, em inglês, macedónio e latim. O meu solo correu bem - consegui me aguentar.
Lembro-me de esquecer todos os nervos. Quando cantei, era eu e a música. Recordo-me precisamente de visualizar a partitura na cabeça, pensar na letra e lutar para ganhar a ansiedade com a voz. E foi mágico. Um momento maravilhoso, verdadeiramente. Para além disso, cantar em coro, como tocar em orquestra, dá-me um arrepio na espinha quando chegamos "àquela" música mais poderosa, que mais me comove ou que ache mais bonita. Acho que desta vez foi "Why We Sing?", uma canção que fala do porquê de cantar, que nos junta e nos melhora.
Após o concerto, todos para o Hard Rock Café jantar e celebrar a espectacular performance do coral! Foi muito engraçado, se bem que no fim estávamos todos mortos de sono - começámos a jantar era quase meia-noite.

Os dias seguintes foram dedicadas a conhecer a cidade.
Na segunda-feira visitei a Julliard School, o Museu Nacional de História Natural (o do filme "À noite, no museu") e passeei pelo Central Park.




Estas fotos servem para atestar que o Central Park é dos lugares mais fotogénicos que já encontrei.

Na terça-feira fomos em grupo para um passeio de barco no Staten Island Ferry, podendo assim observar a Estátua da Liberdade mais de perto e ver o perfil da cidade do rio. Ao sair do barco passeámos pelo Downtown, zona financeira da cidade. Vimos o Charging Bull de Wall Street, a Bolsa de Valores de Nova Iorque e a Trinity Church, e continuámos a andar até chegarmos ao Ground Zero, antiga localização das Torres Gémeas, e onde hoje se encontra o 9/11 Memorial e está em construção o One World Trade Center (o maior prédio em construção na segunda foto da vista panorâmica do Empire State Building), que será o maior edifício dos EUA quando concluído, e um dos maiores do mundo. Há tarde fomos até ao MET (Metropolitan Museum of Art). Daí ao hotel seguimos pela 5ª Avenida, rua que começa por fazer fronteira com o Central Park e depois passa a ser a rua das lojas por excelência, onde se encontram as mais prestigiadas marcas.

Estátua da Liberdade

New York Stock Exchange (Bolsa de Valores de Nova Iorque)

Trinity Church

9/11 Memorial

Metropolitan Museum of Art

Loja Tiffany & Co., tornada célebre no filme "Breakfast at Tiffany's"


No final, o balanço não podia ser mais positivo. Conheci uma cidade maravilhosa, pessoas fantásticas, fiz amigos e tivemos a honra de cantar numa das salas mais célebres do mundo. Uma experiência para a vida, na memória para sempre.

E deixo-vos com Times Square. Beijinhos, Mariana









domingo, 31 de março de 2013

A Páscoa chegou!

FELIZ PÁSCOA!


Olá! A Páscoa chegou mas não, não estou de férias. Na verdade, estou a estudar porque com a Páscoa também veio a semana de provas. BAAAAH!

No entanto, antes de voltar par ao estudo sobre ciclos económicos brasileiros ou o nox das reações químicas, queria-vos contar como foi divertido a última quarta-feira.
Quarta foi um dos nossos "Dia Fantasia" em que o nosso ano (o último ano, o 3º, o 12º... leiam como quiserem) foi mascarados para a escola, segundo um tema. Este bimestre o tema foi Tribos (urbanas) e eu fui de hippie porque, bem, era o que tinha em casa. Tivemos aulas na mesma, mas foi um dia tão engraçado. Fizemos "amigo-secreto" de ovo de Páscoa (ou seja, trocámos ovos da Páscoa sem saber quem nos ia dar a nós) e eu recebi esta beleza, que vou comer hoje, enquanto estudo.


Também havia nerds, rockeiros e até surfistas, entre outros. Além da troca de ovos com alguns professores que se juntaram a nós também demos a cada professor e monitor um ovo de Páscoa, e todos nos elogiaram por tê-lo feito, incluindo-os a todos, sem escolher preferidos e sem esquecer os monitores.

Agora o horror aguarda-me. 
Amanhã tenho simulado - aquela prova de 90 questões de todas as disciplinas mais redacção em 5 horas e meia - e é o pior! Mas não há nada a fazer sobre isso.

Sinto-me cada vez mais integrada, e mais faladora. Há muito tempo que não falava tanto, que não me sentia eu mesma, e acho que ter encontrado novas pessoas me fez voltar ao que realmente sou. Nada é ainda garantido, mas sentir que posso estar a formar amizades é melhor do que como estava no início do ano, sem vontade nenhuma de ir para a escola, de falar, porque tinha perdido toda a esperança em fazer amigos.

Carnegie Hall aproxima-se a passos largos! Logo após as provas bimestrais parto para Nova Iorque com o coro, e estou tão entusiasmada! As memórias fantásticas que tenho de Aberdeen vêm-me imediatamente à cabeça e mal posso esperar para criar novas no Festival at Carnegie Hall. Cantar numa das mais famosas e prestigiadas salas do mundo vai ser alucinante, e conhecer a Big Apple com os meus pais e colegas e professora do coro.

Até lá, Boa Páscoa!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Após o Carnaval

Boa noite!
Não, este não vai ser um relato dos festejos de Carnaval no Brasil, fotos do sambódromo ou idas à costa brasileiras. No Carnaval não fui para lado nenhum, não houve nenhuma festa... por aqui foi mais parado que em Portugal.
Mas desde que voltei às aulas depois das curtas mini-férias de Carnaval que as coisas melhoraram por aqui. Este fim de semana andei pela primeira vez no metro (ou Metrô, como dizem e escrevem aqui) de São Paulo! O Metrô de São Paulo tem visitas turísticas guiadas, pelas quais só se paga os 3,00 R$ do custo do bilhete, divididas por temas e lugares visitados. Este fim-de-semana fizemos a da Praça da República / Theatro Municipal, e foi muito interessante. O dia estava solarengo, o centro da cidade sossegado ao sábado de manhã, e pela primeira vez não tive medo de andar nas ruas, nem no metro, de São Paulo. Tinha feito um autêntico monstro de sete cabeças daquilo, porque do que eu tinha visto do centro de São Paulo, se era assim por cima, imagina como seria por baixo da terra... Mas não - muito limpo, organizado, e tem uma linha "toda" moderna (a amarela)! 
A visita passou por vários pontos importantes das cidades, e mal posso por fazer mais uma! Aqui ficam fotos de alguns desses pontos por onde passámos durante o passeio, que durou cerca de duas horas e meia, três horas:

Edifício moderno na Praça da República


Jardim da Praça da República. Não há bancos de jardim, para não diminuir números de   sem-abrigo no centro.

Galeria do Rock
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Negros (Largo do Paiçandu)
Palácio dos Correios 
"Banespão" - um dos edifícios mais altos de São Paulo
Biblioteca Mário de Andrade
Theatro Municipal - Fachada
Edifício Copan, projetado por Oscar Niemeyer

Para além disto, a semana pós-Carnaval deu-me a conhecer novas pessoas que estão a tornar os últimos dias muito mais animados. Há quem diga que as pessoas fazem o lugar, e que este é só tão bom quanto as pessoas que nele encontramos. Eu acredito nisto, e espero que São Paulo esteja, aos poucos, a melhorar a meus olhos. Ninguém quer más memórias, não é verdade? 

Até à próxima,
Mariana

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Feliz Ano Novo!

Bom ano!
2013 chegou, e o primeiro mês do ano já está quase no final. Como o tempo passa rápido! Especialmente quando nos estamos a divertir, que foi o que eu fiz durante duas semanas em Portugal. Ver todos os amigos, comprar livros, música, ver a cidade, andar de transportes públicos. Ai as saudades! Até do friozinho de Inverno - aqui no Brasil está sempre tão húmido e quente...
De volta a casa, estamos na contagem decrescente para o início do ano lectivo. Ainda tenho de comprar material e alguns livros, e sendo este o último ano, só peço para que corra bem! Acabar em alta o ensino médio/secundário, e entrar para a faculdade da minha escolha... seja ela qual for, no curso que for, do qual não tenho ideia nenhuma ainda!
E, como não pode deixar de ser, no início de um ano, revemos o que passou. 2012 foi um ano de mudança drástica. O ano em que deixei para trás tudo e todos aqueles que sempre conheci e vim com esperança de que esta seria uma experiência que me traria boas memórias e uma história para contar. Não sei até que ponto me desiludi, e já desisti da ideia bonita que tinha de arranjar um ou outro amigo/a com quem continuasse a falar quando voltasse para Portugal ou fosse para outro sítio, um contacto que mantivesse aqui deste tempo da minha vida. No entanto, uma coisa que a minha vinda para aqui me trouxe foi a inesperada e muito querida confirmação da amizade de todos aqueles que são mais queridos na minha terra natal. Toda a minha vida me questionei se seria importante na vida daqueles que significam tanto na minha, sem nunca acreditar realmente que eu fizesse uma grande diferença na deles. O meu maior medo quando de lá saí não era se aqui ia conhecer gente nova e fazer amizades, mas se ia ser esquecida pelos amigos que deixava em Portugal. Estava, como (provavelmente) estou mais vezes do que sei, redondamente enganada. Dirigi o meu medo para o lado errado, porque ninguém me deixou mal. E até me safei de alguns problemas lá: coisas que cá também existem, como os grupinhos nas turmas, mas que aqui não me afectam tanto, ou problemas inerentes à crise que Portugal está a passar. Nada me faz mais feliz que ver o esforço que os meus amigos fazem para me verem quando os visito. Nem mesmo a minha professora de violino (com quem ao longo dos anos se forma uma relação de amizade) deixou de querer se encontrar comigo depois de saber que eu estava por Lisboa.

Levei pulseiras do Senhor do Bonfim, onde estive no início de Janeiro, para os meus amigos

Quanto à escola, correu melhor do que esperava. Se não consegui formar grandes amizades, pelo menos consegui, no final do ano, entrar no coro do colégio e não podia estar mais contente com isso. Posso até ser a mais velha, pode ser um pouco infantil para mim, mas é muito gratificante. É nestas coisas que ponho todo o meu empenho: estou em todos os concertos, sei todas as músicas de cor, participo em todas as actividades de grupo. Faço tudo ao meu alcance para ser útil, e merecer o meu lugar, recente num grupo que já começou nos anos 90 (mas os membros são sempre miúdos abaixo dos 13 normalmente, portanto está sempre a renovar). Eu, com os meus 17 anos, destoo um pouco, mas a minha altura encobre-me (lol). Para lá do coro, consegui ter boas notas e ser a melhor aluna do meu ano. Isso deixa-me feliz, e sinto-me realizada. Além disso, provo  que as anedotas e piadas que se contam implicando que os portugueses são burros são falsas (ou pelo menos tento bastante, de modo que ainda não mas dirigiram). Impressionante foi ver quão simpáticos foram os professores. Enquanto os alunos foram crianças super protegidas que não querem formar novas amizades fora do seu círculo fechadíssimo, a grande maioria dos professores preocupou-se em saber se estava tudo bem comigo, se já tinha arranjado amigas ou se percebia tudo o que se dizia nas aulas (porque sabem que alguns termos são bastante diferentes). Com  a minha professora na escola de inglês tinha conversas fantásticas, a minha professora do coro dá-me tarefas ou pede-me contactos, e na escola, tive professores para falar sobre livros (para lá da disciplina de Literatura), música, ensino e cultura portuguesa.
O meu desejo para 2013... que tudo corra um bocadinho melhor do quem em 2012 quanto a amizades para mim, e que a escola continue tão bem como está. Para Portugal, espero que a situação melhore, e que os meus amigos, assim como eu, entrem na universidade e no curso que querem, e que até lá, tudo corra pelo melhor na aulas e em família. Desejo o melhor para eles.

Até à próxima,
Mariana